Com chuvas atrasando moagem de cana no Brasil, açúcar bate máxima de 11 anos e meio na ICE de NY


O mercado futuro do açúcar fechou em alta nesta quinta-feira (27), chegando a atingir a máxima de 11 anos e meio na ICE Futures de Nova York

Com o mercado atento aos problemas de produção em países asiáticos, como Índia, Tailândia e China, que reduziram suas produções, e as constantes chuvas que têm atrapalhado a colheita na região Centro-Sul do Brasil, maior produtor da commodity do mundo, o mercado futuro do açúcar fechou em alta nesta quinta-feira (27), chegando a atingir a máxima de 11 anos e meio na ICE Futures de Nova York.

Relatório da Unica expedido ontem com a produção na primeira quinzena de abril mostrou que as usinas do Centro-Sul do Brasil produziram 542 mil toneladas de açúcar nos primeiros quinze dias da safra 2023/24, volume abaixo do que estava projetado, pressionando os preços da commodity em todo o mundo.

O lote maio/23 da ICE de Nova York foi contratado ontem a 26,99 centavos de dólar por libra-peso, valorização de 48 pontos, ou 1,8%, no comparativo com os preços praticados na quarta-feira. Durante a sessão, o lote maio chegou a bater 27,41 cts/lb, estabelecendo uma máxima em 11 anos e meio.

A tela julho/23 do açúcar bruto foi contratada ontem a 26,35 cts/lb, valorização de 57 pontos. Os demais vencimentos oscilaram, para cima, entre 19 e 61 pontos.

Londres

Em Londres o açúcar branco também fechou no azul em todos os lotes da ICE Futures Europe. O vencimento agosto/23 foi contratado a US$ 720,10 a tonelada, valorização de 25 dólares, ou 3,6%, no comparativo com o dia anterior. Durante a sessão o lote chegou a bater 730,50 dólares a tonelada. O vencimento outubro/23 subiu 21,40 dólares, negociado a US$ 706,60 a tonelada. Os demais contratos subiram entre 10 cents e 19,20 dólares.

Mercado interno

No mercado doméstico o açúcar cristal, medido pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP, fechou com ganho de 2,21% no comparativo com a véspera, negociado a R$ 147,40 a saca de 50 quilos, contra R$ 144,21 de quarta-feira. No mês o indicador acumula alta de 9,52%.

Etanol hidratado

Pelo quinto dia consecutivo as cotações do etanol hidratado medidas pelo Indicador Diário Paulínia fecharam no vermelho. Ontem, o biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 3.034,00 o m³, contra R$ 3.057,50 o m³ praticado na quarta-feira, desvalorização de 0,77% no comparativo entre os dias.

Fonte: Agência UDOP de Notícias

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