Café: brasileiros fecham US$ 20 milhões em negócios nos EUA


Além do valor arrecadado, há também perspectivas para outros negócios avaliados em US$ 100,1 milhões ao longo dos próximos 12 meses.

O Brasil foi representado por 29 empresários da cadeia produtiva do café na Specialty Coffee Expo 2023. Trata-se da principal feira do setor na América do Norte, realizada pela Specialty Coffee Association (SCA), em Portland, Estados Unidos, de 21 a 23 de abril.

Preços do café registram forte alta no mercado internacional

Como ação do projeto “Brazil. The Coffee Nation”, desenvolvido por Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), esses profissionais realizaram US$ 19,8 milhões em negócios no evento e têm a perspectiva para a concretização de mais US$ 100,1 milhões ao longo dos próximos 12 meses.

Dessa forma, durante a feira, o país teve um estande com bancadas de integrantes do projeto e um brew bar, que oferecia cafés espresso e filtrado, de diversas origens produtoras brasileiras, ao público presente.

No espaço, foram realizadas oito sessões de cupping, que contribuíram para evidenciar a qualidade e a diversidade dos grãos cultivados no Brasil. Além disso, os empresários nacionais realizaram 723 contatos comerciais, dos quais 417 foram com novos parceiros, que proporcionaram a concretização dos negócios presenciais e a estimativa de vendas futuras, que podem render os US$ 120 milhões estimados.

Contudo, a presença no principal evento cafeeiro do maior consumidor global, conforme o diretor executivo da BSCA, Vinicius Estrela, é o preenchimento de um espaço que o Brasil deve manter e ampliar devido às oportunidades oferecidas, principalmente porque os Estados Unidos são os principais compradores dos cafés brasileiros, tendo importado, em 2022, cerca de 8 milhões de sacas do produto.

“Do total comprado pelos norte-americanos no ano passado, 20%, ou 1,6 milhão de sacas, correspondem a cafés especiais, o que evidencia que a qualidade, a diversidade e a sustentabilidade do produto do Brasil, que é o principal fornecedor aos Estados Unidos, vêm ao encontro do demandado pelos norte-americanos. É fundamental estreitarmos, cada vez mais, laços com os maiores consumidores do mundo e é muito gratificante ver que o trabalho vem trilhando o caminho correto, pois temos mantido e até mesmo ampliado nossa participação nesse mercado, atendendo às demandas desde os trades até os baristas e consumidores finais”, comenta.

Tags